
(entre)tanto
2024
instalación expositiva a partir de multiples objetos intervenidos y elaborados manualmente ubicados al interior de una compocición con canjones de madera encontrados y pintados ademas de un movil suspenso en tejido bordado. Creacion colectiva con Nara Rangel en colaboración con Daniel Monteiro bajo la curaduria de João Dias expuesta en el centro cultural Viaduto das Artes de Belo Horizonte en Minagerais, Brasil

«Nessa exposição a memória é entendida não apenas como um arquivo estático do passado, mas como um processo dinâmico de construção e reconstrução da identidade pessoal e coletiva. A memória como um mosaico multifacetado, composto por fragmentos de experiências, emoções, sensações e narrativas que se entrelaçam para formar a nossa percepção do mundo e de nós mesmos. Um mergulho pela memória, entre o dito e o silencioso ao alcance das mãos, que guarda e aguarda, mostrando-se fantasiosa e replicante.
Duas pessoas (dois artistas), de lugares e línguas diferentes, mas próximos. De sexos opostos, mas afins. De gerações distintas, mas com ofícios iguais. Duas forças que se unem para criar e a partir de compartimentos (e compartilhando a memória) fazem jogos de conteúdo com a observação, explorações poéticas com objetos, imagens e materiais entre pequenos espaços encontrados em gavetas, caixas, cantos e áreas que nos remetem ao habitar humano que temos; levamos entre (aspas e parênteses) nossas vidas, sejam elas passadas, presentes ou futuras. O que são afinal essas gavetas? E o que elas guardam? “As gavetas são metáforas entranhadas no corpo e na alma. Um corpo de memórias que se abre no tempo e no espaço, para revelar suas lembranças, suas dores, que se abrem a partir da experiência e da tomada de consciência dessa memória, que cria e recria sobre si mesmo, fazendo emergir uma espécie de autobiografia, debaixo da pele, as memórias enterradas” (VIEIRA, s/d, s/p.). Henri Bergson, em seu livro Memória e Vida, afirma que todas as nossas percepções estão impregnadas de lembranças que afetam a nossa percepção e que dessa percepção guardamos pequenos indícios com os quais podemos acessar antigas imagens. Assim, uma percepção sempre nos traz de volta uma lembrança, que é associada a alguma situação vivida no tempo presente. As lembranças são verdades adormecidas que se despertam todas as vezes que a tocamos (BERGSON, 2006). » João Dias [Curador]






